sábado, 28 de maio de 2011

Being

Esses dias, quis acordar e ser outra pessoa. Digamos que, o oposto daquilo que me vejo agora. Bonito, por que não? Extrovertido e sociável. Sentir como é ter vários amigos, acenar para mais de duas pessoas enquanto atravesso o corredor da faculdade, não sentir vergonha de sentar sozinho em lugares movimentados por estranhos. O irônico disso tudo é que não me encaixo nessa insegurança e falta de manuseio com as pessoas, mas é assim que as coisas são e sempre foram. Eu me escondia atrás dos meus pais, quando alguém que eu não conhecia se aproximava. Hoje em dia, depois de grande, eu continuo me escondendo atrás de alguma coisa, sejam colunas ou qualquer travessia mais próxima, para que eu possa desviar o caminho sem esbarrar com alguém de aparência conhecida. Meus amigos, são da época da infância. Os que tentei fazer durante a vida, seja na época do colegial, seja na época (atual) da faculdade, esses eu sei que são temporários. Se eles não se distanciarem por conta própria, eu mesmo farei o trabalho sujo. Preguiça, eu nunca fui de correr atrás, de implorar, ou fazer coisas que não estavam ao meu alcance. Eu sei, tenho carência excessiva de atenção, mas não cobro, ou finjo que não me importo. A pior coisa seria mostrar fraqueza, necessidade. Tudo bem, é claro que você precisa desabafar de vez em quando, se abrir, deixar tudo que te corrói voar boca a fora, e há várias maneiras de fazer isso sem ter de abrir a boca. Escrevendo. Pensando bem, eu não quero ser parecido com os outros. Há tantos extrovertidos, bonitos e favorecidos de amigos, que graça teria um lugar onde não existe equilíbrio?