sexta-feira, 8 de julho de 2011

A velha conversinha de sempre: o tempo cura.


          E essa velha conversinha é a mais confiável, porém, não quer dizer que seja fácil. Quando se diz "tempo", nunca se sabe o tempo real. Se é daqui algumas horas, meses, anos. O tempo é diferente para cada pessoa, situação. Há pessoas que vivem uma vida inteira de luto, e outras que não. O modo como uma pessoa afeta a sua vida, será diferente do modo como ela afetará a minha, e isso funciona para todo mundo. Mas assim,  o tempo cura tudo? Posso dizer que, dependendo do grau da ferida, ela pode sim ser estancada para sempre, ou, por um certo tempo. Isso vai depender muito da forma como você vai lidar com ela. Não há dor, se você consegue viver sem lembrar dela, mas como não fazer isso? Memórias são armazenadas, você querendo ou não. Quando estamos com alguém, seja por alguns minutos, vivemos alguma situação, ouvimos alguma música, e inconscientemente, guardamos aquele momento em nossa memória. E sempre, sempre que ouvirmos aquela música, aquela pessoa irá surgir na nossa cabeça, com ou sem a nossa permissão. Então, qual a solução? Se livrar de qualquer coisa que possa nos remeter a lembranças de alguém que não queremos lembrar, é uma delas. Embora algumas vezes, a própria pessoa se recusa a fazer isso, e aí... sinto muito, não há como ajudar alguém que não quer ajuda.

O tempo estanca feridas, mas não é multiprocessador.

          Eu realmente não sei como anda o meu emocional. Sinto como se o tempo ainda estivesse cuidando de assuntos não resolvidos, de muito, muito tempo atrás. Esses dias, cheguei a conclusão de que deve ser por ainda me lembrar deles com uma certa frequência. É só um relacionamento novo não dar certo, para que eu volte lá atrás, me lembre daquele (único) que deu certo, e venha a pensar: "acho que fiz besteira", "acho que aquela era a pessoa certa", entre outros. Desde então, procuro não pensar mais assim, embora seja difícil. O meu medo neste momento, é de que o tempo vá passando, passando, e eu continue tratando dessas feridas e esquecendo de viver. É claro que existem momentos que eu paro e penso: Ok, vou lá ver como andam as coisas mundo a fora. E pronto, não demora muito, até que mais um ferida aconteça, mais uma ferida nova esteja aberta. E daí eu me fecho. Sabe, eu não tenho mais tempo para ganhar e cuidar de feridas, eu realmente preciso de alguém que me dê coisas boas, que me proporcione momentos felizes... de amores correspondidos, só isso.

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