sábado, 7 de janeiro de 2012

É tudo sobre o acaso.


          Você disse certo dia "era o tempo certo. foi o destino, não acredito que foi por acaso". Na hora que ouvi, eu fiquei pensando se tinha sido mesmo o destino, se estávamos no lugar certo na hora certa. Achei aquilo bonito, confesso. Depois disso, achei que era tudo sobre estar destinado, nada era por acaso. Meses se passaram, e o mesmo destino - que você disse existir - fez com que terminássemos em ruínas. O que o destino une, separa? Pode ser. Mas não acredito. Hoje, analisando as pegadas, acredito que foi tudo culpa do acaso. Veja bem, eu precisava de um colo, você também. Parques são locais adequados para procurar colos. Colos diferentes, colos que não encontramos em boates, ou em outros lugares. Não era como se estivesse chovendo enquanto eu passava, um carro jogasse água na minha roupa e você - justamente você - estivesse do outro lado da rua com um guarda-chuva, me levasse até seu apartamento e oferecesse uma roupa seca. Isso é destino, isso seria predestinado. Acaso é o contrário, acaso é irmos no mesmo local, estarmos procurando a mesma coisa e darmos de cara um com o outro.

- Você só voltou aqui para dizer isso? Ele perguntou.
- Desculpa, mas eu precisava. Agora eu já posso virar a página.

E saí com o carro na chuva. Coloquei a trilha sonora de "An Education" para tocar. Foi o primeiro filme que me veio a cabeça naquela hora. De repente, minha vida parecia um filme.

3 comentários:

  1. É por isso que eu ignoro o destino... e... continuo ignorando... ignorando.



    Juntei pedaços e parei por aqui [ mais uma vez ] é tão bom 'te ler'.
    Abraços.

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  2. Curti o blog. parabéns, cara!

    Abraços. Zuza
    http://www.zuzazapata.com.br

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  3. Destino, acaso, não sei bem ao certo como são regidos os encontros em parques de diversão ou em qualquer calçada dessa vida, mas sei que viver momentos mágicos assim, de conhecer alguém especial, dividir momentos, sentir coisas em comum e compartilhar colos tem lá suas vantagens.
    O nosso cérebro nos faz querer buscar a lógica dos fatos, sempre. Não se pode viver nada que não deva ser explicado depois e isso confunde as relações. Agora que passou já não importa mais (acho eu...) que saibamos se foi destino ou acaso. Acabou. E o que ficou foi o melhor de cada um em cada um. Viver sem querer entender é difícil, mas pra viver feliz as vezes a gente precisa ignorar certas coisas.
    Eu... Sei disso, mas ainda não consegui esta façanha. rsrsrrs
    Bjs João.
    Att.

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