sábado, 26 de novembro de 2011

Peça: Aqueles dois.


Hoje assisti a peça "Aqueles dois", baseada no texto do Caio Fernando Abreu. Sou suspeito para falar o quanto gostei, já que como vocês sabem (ou não?), eu sou bem apegado aos textos do Caio. Deve ser por retratarem tanto a minha vida de uma forma menos convencional, habitual. Também, por sempre irem mais fundo. Como se qualquer ida ao psicólogo não valesse merda nenhuma, não tivesse necessidade. A forma como as linhas me pegam é difícil de colocar em palavras, mas me transformam sempre que leio, ou releio. A cada trecho, a cada página virada, Morangos Mofados, O Ovo Apunhalado... Há quem ache que é escrita batida, modinha. De fato, os textos do Caio estão em todos os lugares, realmente atingiu a massa. Mas qual o problema? Quando algo bom atinge um grande número de pessoas, deve-se celebrar. Celebrar a leitura, o conhecimento, a poesia, o amor. Deveriam compartilhar mais livros, ao invés de palavras de ódio. O mundo precisa de pessoas como eu, como você, que deixam o sentimento vir à tona sem freiá-lo, dando passagem, correndo o risco de ser chamado de louco, ouvindo sempre um "cuidado, você vai se machucar". Sempre vai haver dor, feridas novas. E sempre vai cicatrizar. O que não dá, é para deixarmos que o externo atrapalhe o nosso interior desenfreado, sedento por felicidade. Não volta, o que foi... já era, virou pó. A vida nos dá a chance viver um amor tantas vezes... mas quem disse que ela nos dá a certeza de estarmos vivos para viver o próximo? Não é sozinho que os problemas vão ser resolvidos. O trabalho nunca vai te dar uma completa satisfação, nem sempre a família vai te compreender, são coisas que você vai carregar para sempre. No amor não existe "para sempre", existe o "vamos aproveitar enquanto há tempo".

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