quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O contrário de se apaixonar.

Frio correndo na espinha, "borboletas" no estômago, suor na palma das mãos. Não demora mais que alguns segundos. É como um estalo, mais rápido que um verso. Basta olhar, e pronto. O contrário disso é lento, em conta-gotas. Nos primeiros dias, ela é a primeira pessoa que surge na cabeça. Você procura seu celular entre o quarto bagunçado, o encontra sem bateria, coloca para carregar, e quando vai mandar uma mensagem de texto, vem a segunda lembrança do dia: vocês terminaram. "Não tem tem nada de mal em mandar uma mensagem, tem?" Tem, vocês não estão mais juntos, ele não espera receber nada seu. Pior, ele provavelmente já te esqueceu. O trem andou, seguiu viagem. Você? Ainda o aguarda na estação. Eu sei, é inevitável. "Ele pode voltar, vou deixar a porta entreaberta." Desculpa ser sincero, aceite o quanto antes, surpresas não vão acontecer. Ele não vai voltar arrependido com o rosto molhado, pedindo desculpa. É meu caro, esquecer é difícil. Nunca estamos preparados para uma perca. Não é como um objeto emprestado, que sabemos de antemão que ele irá voltar para o dono em breve, embora a sua história tenha sido parecida, não é verdade? Então, ele nunca foi seu. Como você não fazia idéia, eu não te culpo. Agora levanta, sai dessa cama, dá algumas passos lentos até cozinha, toma um copo de leite e segue tua vida, segue tua vida o quanto antes. Um dia... qualquer dia desses, você nem vai lembrar de deixar a porta entreaberta, vai por mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário