domingo, 18 de dezembro de 2011

When love happens.

Ele estava lá segurando minha mão quando minha mãe partiu. Ele fez café da manhã e trouxe na cama, quando eu passei a noite inteira acordado com dor de ouvido. Ele cantou no violão, mesmo sem saber o que estava fazendo. Ele batizou uma música como "nossa" e sempre que tocava eu lembrava dele. Ele fez questão de ficar comigo no hospital, quando precisei doar sangue para um parente acidentado. Ele me trouxe em casa de madrugada, mesmo eu estando de carro naquela noite. Ele não me deu presente de grande valor financeiro no dias dos namorados, mas me levou ao cinema, e depois olhamos o céu estrelado juntos. Isso vale mais que qualquer presente caro. Ele me apresentou aos amigos dele, e continuou comigo mesmo sem a aprovação dos mesmos. Ele me mandava sms dizendo "boa sorte" toda vez que tinha prova na faculdade. Ele me desejava bom dia, boa tarde e boa noite. Ele não se importava em estar sempre por perto, em atravessar a cidade só para dizer "oi, tudo bem?" e logo em seguida atravessar a cidade de novo e dormir, dormir feliz, segundo ele. Ele não gastava muitos centavos comigo, mas me deixava tomar conta do tempo dele, e era isso que importava. Ele disse que me amava. Chovia, e eu mal podia ouvir a voz dele pelo celular. Então a gente se encontrou no meio da rua, no meio da chuva, e ele disse olhando nos meus olhos tudo de novo, e mais um pouco. Ele segurou minha mão em uma tarde e disse que nunca iria embora como os outros. Mas, o problema é só um: ele nunca existiu.

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